terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aprendendo a conversar com Deus (+playlist)

domingo, 6 de outubro de 2013

Runaway - The Corrs (Tradução - Legendado em Português) (+playlist)

Completely - Tradução (+playlist)

Jason Mraz - I Won't Give Up (Tradução) (+playlist)

same mistake - James Blunt (tradução) (+playlist)

Here by Me (tradução) (+playlist)

AIR SUPPLY - TRADUÇÃO (+playlist)

With Or Without You - Keane (Tradução) (+playlist)

Scorpions - tradução - when you came into my life - quando você entrou e...

quinta-feira, 2 de maio de 2013





Mais um outono que fico só com a nostalgia...
Tanto esperei no verão, que passou rápido,
E me deixou a solidão como companhia...
Meus sonhos desabaram.
A esperança que me embalava as noites
deixou-me de repente no dia a dia...
Sem inspiração... Sem alegria...
O inverno está a chegar,
E meu ninho continuará vazio...
Lá fora o vento parece dizer
Acorda... Foi apenas mais uma ilusão!...
                                                   


A Felicidade Possivel

Só quem está disposto a perder tem o direito de ganhar. Só o maduro é capaz da renúncia. E só quem renuncia aceita provar o gosto da verdade, seja ela qual for.

O que está sempre por trás dos nossos dramas, desencontros e trambolhões existenciais é a representação simbólica ou alegórica do impulso do ser humano para o amadurecimento.
A forma de amadurecer é viver. Viver é seguir impulsos até perceber, sentir, saber ou intuir a tendência de equilíbrio que está na raiz deles (impulsos). A pessoa é impelida para a aventura ou peripécia, como forma de se machucar para aprender, de cair para saber levantar-se e aprender a andar. É um determinismo biológico: para amadurecer há que viver (sofrer) as machucadelas da aventura e da peripécia existencial.

A solução de toda situação de impasse só se dá quando uma das partes aceita perder ou aceita renunciar (e perder ou renunciar não é igual, mas é muito parecido; é da mesma natureza). Sem haver quem aceite perder ou renunciar, jamais haverá o encontro com a verdade de cada relação. E muitas vezes a verdade de cada relação pode estar na impossibilidade, por mais atração que exista. Como pode estar na possibilidade conflitiva, o que é sempre difícil de aceitar.

Só a renúncia no tempo certo devolve as pessoas a elas mesmas e só assim elas amadurecem e se preparam para os verdadeiros encontros do amor, da vida e da morte. Só quem está disposto a perder consegue as vitórias legítimas.

Amadurecer acaba por se relacionar com a renúncia, não no sentido restrito da palavra (renúncia como abandono), porém no lato (renúncia da onipotência e das formas possessivas do viver).

Viver é renunciar porque viver é optar e optar é renunciar.

Renunciar à onipotência e às hipóteses de felicidade completa, plenitude etc é tudo o que se aprende na vida, mas até se descobrir que a vida se constrói aos poucos, sobre os erros, sobre as renúncias, trocando o sonho e as ilusões pela construção do possível e do necessário, o ser humano muito erra e se embaraça, esbarra, agride, é agredido.
Eis a felicidade possível: compreender que construir a vida é renunciar a pedaços da felicidade para não renunciar ao sonho da felicidade.

© Artur da Távola
                                               


Sinto que por mais que guardamos nossos sentimentos, muitas vezes eles teimam em ressurgir das cinzas...
Em cada música que algum dia marcou um olhar, que selou o primeiro beijo e que dançamos a primeira vez.
Em uma frase de amor que lemos por aí e que atingiu de imediato nosso coração e trouxeram lembranças e mais lembranças.
Naquele filme de amor que deixaram as lágrimas rolar e pensando que podia ser a personagem principal e que podia viver aquilo da mesma forma.
                                                 
Falando de Amor

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar. Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.
(Artur da Távola)

                                       


As lágrimas são palavras que não nasceram:
Sentimentos que se calaram.
São sorrisos que não vingaram.
A fé que foi desmentida pelo desespero.
Lágrima é a voz dos resignados.
É o fruto da paz roubada do peito ainda verde,
que se perdeu sem ser provado.
Água que transbordou do leito
e segue sem rumo.
Lágrima é o grito que não pode ser ouvido;
São reticências colocadas no final
de quem não quis continuar...
É o momento de dar o nó na garganta.
É a angústia expelida por fustigar
a alma de quem não pôde amar.
É a tristeza que cansou de ficar no canto.
É o canto de quem não tem motivos.
É o motivo de quem desistiu e se entregou.
Deus fez a lágrima, para expressar o que o medo revela.
O que a alegria não supera.
A verdade que não pode ser dita.
A dor que não pode ser sentida.
O destino que não pode ser mudado
Somente vivido..
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