Pisotearam os canteiros que adornavam o caminho
Não tiveram pena das flores
Não pensaram na beleza das cores
Não se importaram com a singeleza dos lânguidos gestos
quando acariciadas pelo vento
Pisotearam o jardim que adornava a jornada
Acreditaram sobreviver à dependência já existente
Pensaram sobreviver sem a doce embriagues
Provocada pela mistura dos aromas já conhecidos
Prossigo plantando flores ...
Necessito das cores
Nelas busco a essência da vida
Preciso das borboletas que as visitam
Não vivo sem a delicadeza do beija-flor
Ao sugar o néctar da certeza da sobrevivência ...
A necessidade desesperada de uma sobrevida !!!
Pisotearam todas as flores
Espinhos feriram de morte o incauto coração
Revolveram a terra
na tentativa de atingir as raízes
Mas em vão ...
A própria terra remexida deu alento
Confirmou a esperança
Deu a garantia que novos verdes surgiriam
Pisotearam as flores
Mas o pranto molhou a terra
Fez germinar novas sementes
Fez nascer novos brotos
Expôs ao sol as novas folhas que pediam ajuda
E o calor se fez presente
Trouxe consigo nova energia
Secou o triste pranto
que retornou como chuva calma, miúda e fria
Um manto de alegria !
Pisotearam as flores
Esqueceram a vida
Esqueceram a esperança
Esqueceram a força que do sol emana
Pisotearam as flores ...
Mas não conseguiram matar a semente !!!
Maura Tereza
Divino!
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