quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O VENCEDOR



O VENCEDOR
Eu estava observando algumas pequenas crianças jogando futebol. Aquelas crianças tinham apenas cinco ou seis anos de idade, mas estavam jogando um jogo real, um jogo sério. Dois times, completos, com técnicos, uniformes e pais. Eu não conhecia nenhum deles, assim eu podia desfrutar o jogo sem a ansiedade da vitória ou derrota. Eu os chamarei apenas de time Um e time Dois. Ninguém marcou no primeiro tempo. As crianças estavam hilárias. Eram desajeitados e empolgados como só as crianças podem ser. Eles caíam em cima das próprias pernas, tropeçavam na bola, chutavam a bola e a erravam, mas eles não pareciam se importar. Estavam se divertindo! No segundo tempo, o jogo ficou dramático. Eu acho que a vitória é importante mesmo quando se tem cinco anos. O time Dois faz o primeiro gol. O goleiro do time Um deu tudo de si, atirava seu corpo em frente as bolas que vinham, tentando defender valentemente. O time Dois, cercou o goleiro e bola pra lá, bola pra cá: fez o segundo gol. Isto enfureceu o pequeno goleiro. Ele gritava com seus colegas e se empenhava com toda a força que podia. O time Dois faz o terceiro gol. Eu logo descobri quem era o pai do goleiro. Ele tinha boa aparência, simpático. Eu podia apostar que tinha vindo direto do escritório, gravata e tudo. Ele gritava encorajando o filho. Depois do terceiro gol o pequeno goleiro mudou. Ele viu que não podia parar o adversário. O fracasso estava estampado em seu rosto. Seu pai mudou também. Ele tinha incentivado seu filho, gritando conselhos e palavras de encorajamento. Mas então mudou; ele ficou ansioso. Tentou dizer que estava tudo bem mas ele sofria com a dor que seu filho sentia. Depois do quarto gol, eu sabia o que ia acontecer. Eu já tinha visto isto antes. O pequeno está necessitado de ajuda, e não havia ajuda. Ele pegou a bola na rede e entregou ao juiz, e então ele chorou. Ele apenas ficou lá, parado enquanto lágrimas enormes rolavam bochechas abaixo. Ele caiu de joelhos, e então eu vi seu pai invadir o campo. Sua esposa ainda tentou segurá-lo, - Jim, não. Você o deixará ainda mais embaraçado. Mas o pai do menino ignora que o jogo está em andamento. Terno, gravata, sapato e tudo, ele corre até seu menino. E ele o abraçou e beijou e chorou com ele! Ele carregou o menino e quando chegaram à lateral do campo eu escutei ele dizer, - Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi grande. Eu quero que todos saibam que você é meu filho. - Papai, - o menino soluçou - eu não consegui parar eles. Eu tentei, Papai, Eu tentei e tentei e eles fizeram o gol em mim. - Filho, não importa quantos gols eles fizeram em você. Você é meu filho e eu estou orgulhoso de você. Eu gostaria que você voltasse lá e terminasse o jogo. Eu sei que você quer sair, mas você não pode. E filho, você vai levar gol outra vez, mas isto não importa. Continue, vá. Isto fez diferença. Quando se está completamente só, e está levando gols, e não pode parar o adversário, é importante saber que isto não importa para aqueles que amam você. O pequeno moleque correu de volta ao campo. O time Dois fez mais dois gols, mas tudo bem. E no jogo da vida, eu tento arduamente. Eu atiro meu corpo em todas as direções. Eu me esforço com todo o peso de meu ser. E quando levo os gols e as lágrimas vêm e eu me ajoelho desanimado, meu Pai Divino corre campo adentro, na frente da multidão inteira, a multidão que zomba e ri, e Ele me pega no colo, me abraça e diz - Eu estou muito orgulhoso de você! Você esteve grande lá. Eu quero que todos saibam que você é Meu filho. E como Eu controlo o resultado do jogo, Eu lhe declaro o vencedor!

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